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sexta-feira, 29 de maio de 2009

VOCAÇÃO

"A glória de Deus é o homem que vive, cresce e chega à sua plenitude”

A vocação (do latim vocatio, ação de chamar) supõe o encontro de duas liberdades: a liberdade absoluta de Deus que chama, e a liberdade humana que responde a este “chamado”. É uma inspiração ou moção interior, pela qual Deus chama a pessoa a determinado estado de vida. Podemos então afirmar, que em toda vocação autentica, a iniciativa é de Deus. Não podemos comparar vocação com profissão, pois profissão refere-se à ocupação ou trabalho especializado, ao passo que vocação é o chamado que brota do mais profundo do ser, onde ressoa a voz de Deus.

A vocação, enquanto chamado de Deus, sempre fiel e imutável, tende a ser definitiva e irreversível. Não se pode reduzir a vocação ao momento inicial do chamado divino e, muito menos, à simples resposta humana. A vocação é o estado e situação decorrente do diálogo entre Deus e o homem. Como a vida matrimonial não se reduz ao tempo de namoro e noivado, assim é uma vocação, uma história de amor que deve durar a vida inteira.

A vocação religiosa nasce e é sustentada, antes de mais nada, por uma profunda experiência de Deus: sentir-se amado por Deus Pai, estar em profunda intimidade com Jesus e deixar-se conduzir pelo Espírito Santo. Em uma palavra: consagrar toda existência ao amor → absoluto. Em toda vocação autentica haverá sempre um sentimento semelhante ao que precedeu a entrada de Isabel da Trindade no Carmelo: “Em breve serei toda tua... ocupando-me unicamente de ti, conversando e vivendo somente contigo”. O objetivo central da vida religiosa não se baseia unicamente no cumprimento fiel dos votos, a observância da Regra, ou ainda a realização de trabalhos apostólicos, mas sim de uma profunda busca de intimidade com Deus: “Senhor o que queres que eu faça”? (São Francisco de Assis)

(Fonte: Dicionário Teológico da Vida Consagrada - vocação)

quarta-feira, 27 de maio de 2009

VONTADE DE DEUS

Ouvir para perceber a vontade de Deus
Muitas vezes, sofremos porque insistimos em fazer a nossa vontade

Muitos sofrem por conta da inércia em que vivem e porque não sabem ouvir a Deus. Então, quase sempre, não dão passos concretos rumo à vontade divina em suas vidas; ou até tentam caminhar, mas porque não param para ouvir ao Senhor e perceber qual é a vontade divina, erram muito ou nada acontece... Em razão dessas frustrações vividas lançam sobre o Senhor suas revoltas e, com isso, acabam distanciando-se das graças celestes.

Quantas vezes ouvimos: “Preciso saber qual é a vontade de Deus em minha vida”; “Deus não olha para mim”; “O que Deus quer de mim?”; “Por que o Senhor não realiza os meus sonhos”?; “Onde está Deus?”. Questionam, mas não refletem sobre a maneira como vivem, sobre os erros, sobre a falta de fé, sobre a falta de obediência à voz divina, que fala em nosso interior por meio da nossa consciência, da leitura da Bíblia, do que acontece à nossa volta, por meio de uma partilha transparente com o nosso próximo... Por isso é preciso estarmos atentos, controlar a nossa ansiedade, acalmar o nosso coração por meio da oração, ouvir a Deus, obedecê-Lo e ser feliz cumprindo sempre e em primeiro lugar a vontade d'Ele, a qual nem sempre agradará o nosso coração.

Por causa do nosso egoísmo, muitas vezes, sofremos, porque insistimos em fazer a nossa vontade achando ser o melhor para nós. Agindo assim, acabamos desviando-nos das graças reservadas para a nossa vida. O Senhor nos criou e sabe o que é melhor para nós. Por outro lado, é preciso também dar passos concretos em direção à vontade divina, sinalizada para a nossa vida. Por exemplo, diante de escolhas vocacionais no âmbito religioso, se nós não buscarmos orientação e informação junto às instituições que possam acolher o nosso chamado, ficaremos somente com a vontade de servir ao Senhor, mas não concretizaremos o sonho d'Ele em relação a nós. O mesmo irá acontecer também se diante de um desemprego, não batermos às portas das empresas, espalharmos currículos, anunciarmos para os outros que estamos precisando de uma oportunidade, ou seja, se não irmos à luta nada vai acontecer.

Quando assumimos que somos obra-prima de Deus e reconhecemos o amor d'Ele por nós, então, sabemos que Ele quis, quer e quererá sempre o melhor para nós. Somos filhos amados, mas incapazes de decidir por nós mesmos. Fomos criados para obedecer e a própria Palavra de Deus nos orienta por intermédio do exemplo de Jesus, modelo incontestável de obediência e docilidade no acolhimento da vontade do Pai: “E encontrado em aspecto humano, humilhou-se, fazendo-se obediente até à morte – e morte de cruz! Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome, para que, em o Nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, e toda língua confesse: ‘Jesus Cristo é o Senhor’ para a glória de Deus Pai” (Filipenses 2, 7 a 11).

Entretanto, é preciso termos a consciência de que a obediência é fruto da humildade. Só obedece quem renuncia ao seu querer para que se concretize o querer de Deus. Estabelece-se uma grande luta interior nesse processo, mas é lindo deixar o Todo-poderoso vencer em nós. É lindo aceitar o tempo d'Ele em nossas vidas para assim colhermos os frutos também no momento certo, podendo com isso experimentar a verdadeira paz, a qual não comporta arrependimentos, mas confirma a vontade do Senhor para nós.


Irani Cardoso

terça-feira, 26 de maio de 2009

A HISTÓRIA DE UM EX-FAXINEIRO NEGRO

UM EX-FAXINEIRO NEGRO VENCE PRECONCEITO E QUER “LIMPAR” A IMAGEM DO STF.





O "bate-boca" entre o presidente do STF, Gilmar Mendes (dono de uma biografia repleta de denúncias de corrupção) e o ministro Joaquim Barbosa (dono de uma biografia invejável) traz a necessidade de esclarecer quem é quem no Judiciário brasileiro.

Um ex-torneiro mecânico pernambucano indicou um ex-faxineiro mineiro para ocupar uma vaga entre os Ministros do Supremo Tribunal Federal. O presidente Lula escolheu o doutor da Universidade da Sorbonne e procurador do Ministério Público Federal Joaquim Benedito Barbosa Gomes para ocupar uma vaga entre os Ministros do Supremo Tribunal Federal. O jovem negro que cuidava da limpeza do Tribunal Regional Eleitoral de Brasília está prestes a chegar ao topo da carreira da Justiça após quatro décadas de vitórias contra desigualdades sociais e raciais.

A primeira foi em Paracatu, interior de Minas, onde nasceu numa família de sete irmãos, com a mãe dona-de-casa e o pai pedreiro e, mais tarde, dono de uma olaria. Lá, percebeu que só o estudo poderia mudar a sua história. Já aos 10 anos dividia o tempo entre o trabalho na micro-empresa da família e a escola. O saber era quase uma obsessão.

- Uma das piores lembranças da minha infância foi o ano em que fiquei longe da escola porque a diretora baixou uma norma cobrando mensalidade. No ano seguinte, a exigência caiu e voltei à sala de aula. Estudar era a minha vida e conhecer o mundo o meu sonho. Adorava aprender outras línguas - contou Joaquim Barbosa numa entrevista em agosto de 2002 para o projeto de um vídeo sobre a mobilidade social dos negros no Brasil.

O domínio de línguas estrangeiras foi a engrenagem para mobilidade social de Joaquim Barbosa. Aos 16 anos, deixou a família e a infância em Minas e foi atrás de emprego e educação em Brasília. Dividia o tempo entre os bancos escolares e a faxina no TRE do Distrito Federal. Um dia, o mineiro, na certeza da solidão, cantava uma canção em inglês enquanto limpava o banheiro do TRE. Naquele momento, um diretor do tribunal entrou e achou curioso uma pessoa da faxina ter fluência em outro idioma. A estranheza se transformou em admiração e, na prática, abriu caminho para outras funções. Primeiro como contínuo e, mais tarde, como compositor de máquina off set da gráfica do Correio Brasiliense. A conquista não sairia barato.

- Lembro de uma chefe que me humilhava na frente dos companheiros de trabalho e questionava minha capacidade. No início, foi difícil, mas acabei me estabilizando no emprego e mostrando o quanto era profissional.

A renda aumentou, mas ainda era pouca para ele e a família lá em Minas. Foi trabalhar também no Jornal de Brasília acumulando dois empregos e jornada de 12 horas. Mais tarde, trocou os dois por um. Foi para Gráfica do Senado trabalhar das 23h às 6h da manhã. Depois do trabalho, a Universidade de Brasília. O único aluno negro do curso de direito da UnB tinha que brigar contra o sono e a intolerância.

- Havia um professor que, ao me ver cochilando, me tirava da sala.

Joaquim Barbosa continuava sonhando acordado. Prestou prova para oficial da chancelaria do Itamaraty e passou. Trocou o bem remunerado emprego do Senado por um, que pagava bem menos. Mas o novo trabalho tinha uma vantagem incalculável: poder viajar para a Europa. Durante seis meses, conheceu países como Finlândia e Inglaterra. De volta ao Brasil, prestou concurso para carreira diplomática. Foi aprovado em todas as etapas e ficou na entrevista: a única na qual a cor de sua pele era identificada.

Após esse episódio, a consciência racial de Joaquim Barbosa, que começou a ser desenhada na adolescência, ganhou contornos mais fortes. Ganhou novas cores, quando, já como jurista do Serpro, conheceu o país, especialmente o Nordeste e, em particular, Salvador. Bahia foi uma paixão a primeira vista do mineiro. Foi lá onde Joaquim Barbosa teve um contato maior com o que ele chama de "Negritude".

A percepção de ser minoria entre as elites ficou ainda mais nítida fora do país. O jurista explica que o sentimento de isolamento e solidão é muito forte num "ambiente branco" da Europa. Ser uma exceção aqui e no além mar ficou ainda mais forte após o doutorado na Universidade de Sorbonne. Nessa época já acumulava títulos pouco comuns para maioria das pessoas com a mesma cor de pele: Procurador do Ministério Público e professor universitário. Antes, já tinha passado pela assessoria jurídica do Ministério da Saúde.

O exercício de vencer barreira, de alguma forma, está em sua tese de doutorado, publicada em francês. O doutor explica que o seu objeto de estudo foi o direito público em diferentes países, como os EUA e a França.

- A minha intenção foi ultrapassar limites geográficos, políticos e culturais. Quero um conhecimento que vá além da fronteiras dos países - disse.

"Vossa Excelência, quando se dirige a mim, não está falando com os seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar. Respeite", reagiu Barbosa.




Gilmar Mendes foi nomeado para o Supremo Tribunal Federal pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Na ocasião, em artigo publicado na Folha de São Paulo, o professor da Faculdade de Direito da USP, Dalmo Dallari, professor catedrático da UNESCO na cadeira Educação para a paz, Direitos Humanos e Democracia e Tolerância, declarou:

«Se essa indicação (de Gilmar Mendes) vier a ser aprovada pelo Senado, não há exagero em afirmar que estarão correndo sério risco a proteção dos direitos no Brasil, o combate à corrupção e a própria normalidade constitucional. (...) O nome indicado está longe de preencher os requisitos necessários para que alguém seja membro da mais alta corte do país»

O empresário Gilmar Mendes carrega em sua biografia a denúncia de que foi favorecido com “incentivo” do poder executivo para fundar, em 1998, o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), uma escola privada que oferece cursos de graduação e pós-graduação em Brasília. Desde 2003, conforme consta das informações do "Portal da Transparência" da Controladoria Geral da União, esse Instituto faturou cerca de R$ 1,6 milhões em convênios com a União. De seus nove colegas no STF, seis são professores desse Instituto, além de outras figuras importantes nos poderes executivo e judiciário (não é à toa que ele contou com tanta “solidariedade” no episódio que envolveu a discussão com o ministro Joaquim Barbosa).

O Instituto se localiza em terreno adquirido com 80% de desconto no seu valor graças a um programa do Distrito Federal de incentivo ao desenvolvimento do setor produtivo. O subsecretário do programa, Endels Rego, não sabe explicar como o IDP foi enquadrado no programa. O belíssimo prédio do Instituto foi erguido graças a um empréstimo conseguido junto ao Fundo Constitucional do Centro Oeste (FCO), gerido pelo Banco do Brasil, cuja prioridade de investimento é o meio rural. Entre os seus maiores clientes estão a União, o STJ e o Congresso Nacional.


Que a superação do preconceito na vida de Joaquim Barbosa sirva de exemplo para nós e incentivo para mostrar que todos, independente das diferenças, são capazes de lutar pelos seus objetivos conseguindo, então, conquistar o sucesso independentemente do ramo.

Um terça iluminada a todos!
Que Deus os guie e Nossa Senhora os acompanhe!

Um beijabençoado,
Carol.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

MENTIRA

Mentir demais tira o sossego e altera sua personalidade.
Quem inventa muita história tem medo de rejeição e mania de agradar.

Mentir para se livrar da culpa, para não causar discussões ou por medo de perder a confiança de uma pessoa querida é hábito entre muitas pessoas. A personagem Maya, da atriz Juliana Paes na novela Caminho das Índias, é um exemplo claro da confusão que a dificuldade em assumir uma atitude causa: ela esconde o verdadeiro pai de seu filho, com medo de ser largada pelo marido.

Para o psicoterapeuta Chris Allmeida, especialista do Minha Vida, os principais problemas causados pela mentira estão diretamente ligados à sua credibilidade, já que todo mundo vai questionar suas palavras dali para frente, achando que tem algo falso ali no meio. "Quem engana os outros de propósito precisa ter noção de que, quando for descoberto, vai ter de enfrentar a desconfiança mesmo quando estiver falando a verdade", afirma o especialista do site.

Mas não precisa esperar que isso aconteça para abandonar a mania de mentir. Sim, o comportamento vira uma mania quando você menos espera. A culpa é um ótimo sinal de que está na hora de mudar, abandonando o hábito de inventar historinhas. "Infelizmente algumas pessoas fazem da mentira um hábito e se acostumam com isso. Quando a culpa aparece, é sinal de que o hábito está gerando desconforto e precisa, urgente, ser deixado de lado", diz o especialista.


Uma mentira atrás da outra:
"Outro problema da mentira é que ela nunca aparece sozinha, precisa sempre de novas histórias para se manter viva. É evidente que uma mentira sempre precisa de outra e de outra para que ninguém desconfie da veracidade da história. E não pense que isso é coisa de gente mau caráter, somente", diz Chris. Ele lembra que, desde cedo, há situações em que fica difícil dizer a verdade sob ameaça de castigos, caso você fale tudo o que pensa. "Moldamos nossas palavras de acordo com aquilo que os outros querem ouvir na tentativa de combater a rejeição e corresponder ao que os outros esperam de nós", alerta o psicoterapeuta.

Revertendo a situação:
É preciso muita coragem para voltar atrás de uma mentira e segurar a sinceridade. Mas, de acordo com o especialista, esse é o primeiro passo para conseguir ganhar a confiança das pessoas de volta e acabar com o hábito de criar histórias para se livrar dos próprios erros. "É difícil consertar uma mentira, pois aquele que deseja consertar já perdeu o crédito ao ter sido pego. A única opção é confiar no tempo, deixando que as pessoas percebam sua transformação", afirma o psicoterapeuta.

Mentiras Saudáveis?
Sabe aquele papo de mentira saudável, ou mentirinha do bem? Pode esquecer! O psicoterapeuta afirma que todas as mentiras são prejudiciais para a imagem de uma pessoa e, em contrapartida, podem fazer mal para outras. "Toda mentira enfraquece o caráter, fazendo uma pessoa ficar desacreditando de si própria, afinal ela não tem condições de sustentar as próprias idéias e precisa mentir".

Passando dos limites:
Não existe uma pessoa que possa afirmar que nunca contou uma mentirinha. Mas existe o extremo de quem não consegue ficar alguns minutos sem inventar uma nova história. Essa atitude pode ser causada por sérios problemas emocionais e precisa do acompanhamento de um especialista. "Quando a mentira é uma forma de auto-defesa (ou seja, minto para não ser agredido ou para não ser julgado) ela é justificável no aspecto psicológico, mas algumas pessoas mentem sem necessidade ou motivo o tempo todo. Nesses casos é necessário a ajuda e orientação de um especialista no assunto, pois essa atitude é característica de pessoas com a auto-confiança completamente destruída", finaliza Chris Allmeida, psicoterapeuta e especialista do Minha Vida.


Uma ótima semana, sem mentiras, para todos! Rsrs.

Beijabençoado,
Carol.

terça-feira, 19 de maio de 2009

PROTESTO

Talvez seja o caso espalhar, mais uma vez, esta tentativa de impunidade. Este é o nosso Brasil.

O pai de uma das vítimas, Gilmar Yared, soltou uma carta de protesto na Internet denunciando que a impunidade já ronda o grave episódio:


Olá queridos amigos!

Vocês não imaginam a importância de ter amigos. Neste momento de muita dor, onde a tristeza tomou conta de minha alma, onde a vontade de viver dá lugar a de morrer; receber as muitas mensagens através de telefonemas e e-mails tem sido um refrigério.

Ontem a equipe da TV Paranaense esteve em minha casa. Gravamos uma matéria que revelava bem a nossa indignação. Mas infelizmente cortaram e colocaram apenas o que não poderia repercutir, ou seja, nada comparado ao que falamos. Vejo o Poder Público sendo colocado a disposição do deputado para diminuir as evidências deste crime.

No posto de gasolina, onde praticamente tudo começou, o frentista revelou que no dia seguinte, onde nós chorávamos a morte de meu filho, os advogados do deputado já estavam trabalhando recolhendo evidencias. Conversando com o frentista, o mesmo comentou que ouvindo a conversa deles afirmavam que o deputado estava embriagado. No Hospital Evangélico, enfermeiros comentam de que foi encontrado cocaína em seu sangue e tudo sendo escondido pelas autoridades, médicos e imprensa.

Porque tanta impunidade? 190 km por hora foi quando foi cravado o velocímetro e o delegado, responsável pelo caso, disse desmentindo as primeiras informações oficiais; revelou que o velocímetro estava em zero.

Que poder é este que destrói a familia? O poder político não é maior que o poder de Deus e não pode estar acima do bem e do mal. Meu irmão apresentador da TV Educativa foi afastado de seu programa. Na CBN colegas jornalistas estão indignados com o cerceamento de informações. Autoridades de nosso estado, com certeza vocês fizeram um pacto e não foi com Deus.

Imagino que haja pessoas descentes e que irão reverter este quadro.

Sei que tudo irá passar e que enfrentarei muitos desafios apartir de agora.

Peço a Deus que nos dê forças e nos proteja. Amigos, poderia estar acontecendo com qualquer um de vocês.

Fui escolhido para suportar tamanha dor acompanhado desta grande injustiça.

Obrigado pelas homenagens ao meu filho.

Nesta quinta, na Igreja do Balão no Alto da XV, estaremos realizando um culto em memória ao Gilmarzinho, às 20:00.

Um beijo à todos, queridos amigos,
Gilmar.

domingo, 17 de maio de 2009

A LENDA DO DESTERRADO

Há alguém que tenha pecado muito e teme por sua eterna salvação, que atente para esta paradigmática lenda alemã, tão adequada para o seu caso.

Um pobre desterrado (por crime ou perseguição) retornava à pátria após quase 30 anos de ausência. O abandono e as carências de que padeceu haviam-no encanecido (ficado mais velho) e por isso mesmo tornado irreconhecível.
À entrada da pequena cidade natal, uma aldeia, topou com uns amigos de sua infância e adolescência e estendeu-lhes a mão para saudá-los. Mas eles recusaram o cumprimento, pois não o reconheceram.
O desterrado foi adiante e viu passar pela rua seu antigo chefe de serviço, com quem havia trabalhado na lavoura sob o mesmo sol, tinha morado e comido sob o mesmo teto. Chamou-o pelo nome, mas o outro também não o reconheceu, fitando-o de lado e com desprezo. O pobre desterrado sentiu mais ainda o peso dessa rejeição.
Caminhando pela rua que outrora lhe era tão familiar, a garotada que nasceu depois de seu desterro, o insultava sem clemência. Seus passos eram acompanhados com desconfiança pelos policiais, de quem ele se recordava de vários.
Procurando lembrar-se de pessoas de há 30 anos atrás, viu na sacada de uma bonita casa o seu irmão, sobrinhos e amigos. Gritou para ele, com afeição:
— Meu irmão, eu sou o Ludwig! Mas ele também não o reconheceu, e lhe virou as costas. Sua fisionomia cansada e seus andrajos eram vergonhosos.
Finalmente, humilhado e desanimado, chegou à casa paterna, que era a mesma, da qual guardava doces recordações. Uma velha senhora vestida de luto estava sentada junto à porta. Não havia dúvida, era a sua já idosa mãe, a observar o movimento da rua. Parecia estar à espera de uma visita. – Ao menos ela me reconhecerá – pensou o infeliz homem. – Ou será que vai tomar a mesma atitude que os outros?
Aproximou-se dela com receio de mais uma e derradeira decepção, após o qual tomaria outro rumo, não sabia para onde. Seria o fim de tudo, o desabar de uma vida. Mas uma ponta de confiança levou-o a dirigir-se àquela que nunca o decepcionou em afeto e ternura. A mulher fixou o olhar no forasteiro e o reconheceu de imediato. - Oh! Meu Deus, minha Nossa Senhora! É o meu filho, o Ludwig! Ele voltou! – exclamou enternecida. Mãe e filho se estreitaram num longo e saudoso abraço, nunca antes visto na velha aldeia.

Eis aí como procedem as mães afetuosas. E é assim como a Mãe de Jesus recebe os pobres pecadores renitentes que a Ela recorrem com confiança e humildade.

(G. Mortarino. J.C., "A palavra de Deus em exemplos" – Edições Paulinas, SP, 1961, pp. 287)

“O único lugar no mundo onde nós podemos ir, certos de não estarmos sobrando, é aos pés do Santíssimo Sacramento. Onde haja uma imagem de Nossa Senhora, ali seremos sempre bem recebidos, ainda que nos achemos os piores mulambos da terra”.

P.C.O.

sábado, 16 de maio de 2009

NENHUMA PROSPERIDADE SEDUTORA NOS ILUDA


Deus está sempre pronto para nos dar a Sua vida a cada dia, para nos servir e nos acolher em todas as nossas necessidades e em todos os momentos da nossa vida. A nós cabe escolher a quem queremos que conduza os nossos passos. Jesus, o Bom Pastor, está ao nosso inteiro dispor, portanto, fiquemos atentos à Sua voz.

“Quem entra por mim por mim será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem. O ladrão só vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (João 10,9b-10).

Não podemos nos contentar com qualquer vidinha, porque o Senhor veio nos trazer uma vida abundante de qualidade. Paremos por um momento, olhemos para a nossa existência e oremos assim: "Senhor, eu quero viver a vida nova e abundante que o Senhor veio trazer; eu a acolho e acolhendo-a sei que O acolho, porque Tu és o caminho, a verdade e a vida. Jesus, conduza-me segundo a Tua vontade. Amém."


Jesus, eu confio em Vós!
(Luzia Santiago)

sexta-feira, 15 de maio de 2009

E TUDO MUDOU

E tudo mudou...
O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss
O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib, Que virou silicone

A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
A escova virou chapinha
'Problemas de moça' viraram TPM
Confete virou MM

A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose.
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou musse
Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal

Ninguém mais vê....
Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self-service

A tristeza, depressão
O espaguete virou Miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão

O que era praça virou shopping
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD

A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por email

O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo E do 'não' não se tem medo O break virou street O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também


O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico
Bicicleta virou Bis

Polícia e ladrão virou Counter Strike

Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato

Chico sumiu da FM e TV

Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita?
Gal virou fênix
Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,
Todos anjos
Agora só tocam lira...
A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita!

A maconha é calmante

O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz...
... De tudo.

Inclusive de notar essas diferenças.



(Luiz Fernando Veríssimo)

quinta-feira, 14 de maio de 2009

EXPERIMENTAR O AMOR DE DEUS


Experimentar o amor de Deus
Você já parou para pensar no quanto Deus te fez?

Podemos nos perguntar: quando foi que Deus não nos amou, não nos acolheu, não nos perdoou? Essa é uma pergunta que devemos nos fazer sempre, certos de que o Senhor nos amou e vai continuar nos amando. Arrisco dizer que existe algo que é impossível para o Altíssimo: deixar de nos amar, de nos perdoar e de nos acolher. Ainda que nos precipitemos e nos afastemos, Ele nunca se esquecerá de nós. É lindo perceber que Deus Pai não nos escolhe pelo que fazemos. E que bom que é assim! Sempre nos perguntamos o “porquê” das coisas tristes que acontecem em nossas vidas e quase nunca nos perguntamos o “para quê”. Precisamos fazer como Jó, que reconhece que Deus era o seu tudo e mesmo sofrendo não blasfemou, mas foi fiel ao Senhor. Não é que o Senhor quer que soframos, mas tudo isso é consequência do nosso pecado, da nossa revolta. Quantas situações de sofrimento e de angústia nas quais chegamos a dizer que Ele nos abandonou? Mas perceba: as situações difíceis não passaram? Portanto, não teríamos de concluir que o Senhor não nos abandonou? Isaías, capítulo 44, versículos 1 e 2 diz: "Agora escuta, Jacó, meu servo, Israel, a quem escolhi. Eis o que diz o Senhor que te criou, que te formou desde o seio materno e te socorreu: nada temas, Jacó, meu servo, meu Israel, a quem escolhi!" Deus nos escolheu e nos chamou pelo nome. Ele sempre acredita em nós, sempre acreditou e sempre continuará acreditando. Veja as obras d'Ele na sua vida; e não só as perceba, mas anuncie essas maravilhas. O serviço de Deus é um encargo. Ele tem uma obra para cada um de nós e quer que nós façamos a diferença onde quer que estejamos. Você já se perguntou o motivo do chamado de Deus e para que Ele o chamou? Você já parou para pensar no quanto o Senhor já fez em sua vida? Talvez muitos da sua família e dos seus amigos ainda não vieram para Deus porque você ainda não reconheceu aquilo que Ele fez em sua vida. Tudo que o Todo-poderoso faz por nós não é para que nos gloriemos, mas para que O testemunhemos com coragem. O Senhor nos deu uma missão, sempre acredita e aposta em cada um de nós; Ele nos ama e nos acolhe. No entanto, muitas vezes, nós não acolhemos o amor d'Ele porque nem sempre temos atitudes de filhos para com Ele. Precisamos agir como filhos em nosso relacionamento com Deus Pai. Precisamos reconhecer que Ele nos acolhe. Por amor à sua família e por amor a você, deixe-se amar por Deus.
Padre Cido
CN

domingo, 3 de maio de 2009

MAL OU BEM?

"Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; Deus, porém,o intentou para o bem" (Gênesis 50:20).

Um homem, certa vez, tentou matar Samuel L. Brengle lançando um tijolo em sua cabeça. Brengle sobreviveu ao ataque, mas passou um longo tempo em recuperação. Durante o tempo de convalescência ele escreveu muitos artigos inspiradores que foram colocados em um livro cujo título era "Auxílios PARA a SANTIDADE". O livro se tornou um grande sucesso. A esposa do Brengle dizia: "Se não houvesse o tijolo, não haveria o livro!" Ela guardou o tijolo e escreveu nele algumas palavras do Velho Testamento. Eram as palavras de José para os irmãos que o venderam como escravo: "Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; Deus, porém, o intentou para o bem"

É comum isso acontecer conosco. Aquilo que nos parece ser a pior coisa já acontecida em nossa vida acaba se tornando, mais tarde, o ponto de partida para um grande triunfo.

Muitas vezes murmuramos por um acontecimento negativo em nossas vidas. Achamos que tudo deu errado, que o Senhor não nos abençoou e, pouco tempo depois, constatamos que a bênção foi muito maior do que aquilo que esperávamos.

Deus é sábio e nos reserva sempre o melhor. E para nos abençoar grandemente é capaz de nos dizer "não". Ele sabe que poderemos ficar tristes e abatidos com aquela resposta, mas sabe também que nos alegraremos muito mais quando a grande bênção por Ele preparada for derramada sobre nós.

Assim como o Senhor transforma todo o mal contra nós em momentos de grande júbilo, também utiliza os fracassos como ponto de partida para grandes vitórias. Se a tristeza nos fere o coração durante a noite, a manhã trará uma alegria sem medida. Se os nossos dias estão imersos em trevas, logo voltará a brilhar o sol trazendo a felicidade.

Com Cristo, até o mal será sempre bem.