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quinta-feira, 30 de abril de 2009

PACIÊNCIA

Ah! Se vendessem paciência nas farmácias e supermercados... Muita gente iria gastar boa parte do salário nessa mercadoria tão rara hoje em dia.

Por muito pouco a madame que parece uma 'lady' solta palavrões e berros que lembram as antigas 'trabalhadoras do cais'... E o bem comportado executivo?

O 'cavalheiro' se transforma numa 'besta selvagem' no trânsito que ele mesmo ajuda a tumultuar...

Os filhos atrapalham, os idosos incomodam, a voz da vizinha é um tormento, o jeito do chefe é demais para sua cabeça, a esposa virou uma chata, o marido uma 'mala sem alça'. Aquela velha amiga uma 'alça sem mala', o emprego uma tortura, a escola uma chatice.

O cinema se arrasta, o teatro nem pensar, até o passeio virou novela. Outro dia, vi um jovem reclamando que o banco dele pela internet estava demorando a dar o saldo, me lembrei da fila dos bancos e balancei a cabeça, inconformado...

Vi uma moça abrindo um e-mail com um texto maravilhoso e ela deletou sem sequer ler o título, dizendo que era longo demais.

Pobres de nós, meninos e meninas sem paciência, sem tempo para a vida, sem tempo para Deus.

A paciência está em falta no mercado, e pelo jeito, a paciência sintética dos calmantes está cada vez mais em alta. Pergunte para alguém, que você saiba que é 'ansioso demais', onde ele quer chegar? Qual é a finalidade de sua vida?

Surpreenda-se com a falta de metas, com o vago de sua resposta.
E você?
Onde você quer chegar?
Está correndo tanto para quê?
Por quem?
Seu coração vai agüentar?
Se você morrer hoje de infarto agudo do miocárdio o mundo vai parar?
A empresa que você trabalha vai acabar?
As pessoas que você ama vão parar?
Será que você conseguiu ler até aqui?

Respire... Acalme-se... O mundo está apenas na sua primeira volta e, com certeza, no final do dia vai completar o seu giro ao redor do sol, com ou sem a sua paciência...

NÃO SOMOS SERES HUMANOS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL. SOMOS SERES ESPIRITUAIS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA HUMANA.

(Arnaldo Jabor)

quarta-feira, 29 de abril de 2009

O PORTEIRO DO PROSTÍBULO

Não havia no povoado pior ofício do que 'porteiro do prostíbulo'.
Mas que outra coisa poderia fazer aquele homem?
O fato é que Nunca tinha aprendido a ler nem escrever, não tinha nenhuma outra atividade ou ofício.
Um dia, entrou como gerente do prostíbulo um jovem cheio de idéias, criativo e empreendedor, que decidiu modernizar o estabelecimento.
Fez mudanças e chamou os funcionários para as novas instruções. Ao porteiro disse:

- A partir de hoje, o Senhor, além de ficar na portaria, vai preparar um relatório semanal onde registrará a quantidade de pessoas que entram e seus comentários e reclamações sobre os serviços.
- Eu adoraria fazer isso, Senhor - balbuciou - mas eu não sei ler nem escrever!
- Ah! Quanto eu sinto! Mas se é assim, já não poderá seguir trabalhando aqui.
- Mas Senhor, não pode me despedir, eu trabalhei nisto a minha vida inteira, não sei fazer outra coisa.
- Olhe, eu compreendo, mas não posso fazer nada pelo Senhor. Vamos dar-lhe uma boa indenização e espero que encontre algo que fazer. Eu sinto muito e que tenha sorte.

Sem mais nem menos, deu meia volta e foi embora. O porteiro sentiu como se o mundo desmoronasse. Que fazer? Lembrou que no prostíbulo, quando quebrava alguma cadeira ou mesa, ele a arrumava, com cuidado e carinho. Pensou que esta poderia ser uma boa ocupação até conseguir um emprego. Mas só contava com alguns pregos enferrujados e um alicate mal conservado. Usaria o dinheiro da indenização para comprar uma caixa de ferramentas completa. Como o povoado não tinha casa de ferragens, deveria viajar dois dias em uma mula para ir ao povoado mais próximo para realizar a compra. E assim o fez.

No seu regresso, um vizinho bateu à sua porta:
- Venho perguntar se você tem um martelo para me emprestar.
- Sim, acabo de comprá-lo, mas eu preciso dele para trabalhar ... já que....
- Bom, mas eu o devolverei amanhã bem cedo.
- Se é assim, está bom.

Na manhã seguinte, como havia prometido, o vizinho bateu à porta e disse:
- Olha, eu ainda preciso do martelo. Porque você não o vende para mim?
- Não, eu preciso dele para trabalhar e além do mais, a casa de ferragens mais próxima está a dois dias mula de viagem.
- Façamos um trato - disse o vizinho. Eu pagarei os dias de ida e volta mais o preço do martelo, já que você está sem trabalho no momento. Que lhe parece?

Realmente, isto lhe daria trabalho por mais dois dias...aceitou. Voltou a montar na sua mula e viajou. No seu regresso, outro vizinho o esperava na porta de sua casa.

- Olá, vizinho. Você vendeu um martelo a nosso amigo. Eu necessito de algumas ferramentas, estou disposto a pagar-lhe seus dias de viagem, mais um pequeno lucro para que você as compre para mim, pois não disponho de tempo para viajar para fazer compras. Que lhe parece?

O ex-porteiro abriu sua caixa de ferramentas e seu vizinho escolheu um alicate, uma chave de fenda, um martelo e uma talhadeira. Pagou e foi embora. E nosso amigo guardou as palavras que escutara: 'não disponho de tempo para viajar para fazer compras'.
Se isto fosse certo, muita gente poderia necessitar que ele viajasse para trazer as ferramentas.

Na viagem seguinte, arriscou um pouco mais de dinheiro trazendo mais ferramentas do que as que havia vendido. De fato, poderia economizar algum tempo em viagens. A notícia começou a se espalhar pelo povoado e muitos, querendo economizar a viajem, faziam encomendas. Agora, como vendedor de ferramentas, uma vez por semana viajava e trazia o que precisavam seus clientes. Com o tempo, alugou um galpão para estocar as ferramentas e alguns meses depois, comprou uma vitrine e um balcão e transformou o galpão na primeira loja de ferragens do povoado. Todos estavam contentes e compravam dele. Já não viajava, os fabricantes lhe enviavam seus pedidos. Ele era um bom cliente. Com o tempo, as pessoas dos povoados vizinhos preferiam comprar na sua loja de ferragens, do que gastar dias em viagens. Um dia ele lembrou de um amigo seu que era torneiro e ferreiro e pensou que este poderia fabricar as cabeças dos martelos. E logo, por que não, as chaves de fendas, os alicates, as talhadeiras, etc.. E após foram os pregos e os parafusos... Em poucos anos, nosso amigo se transformou, com seu trabalho, em um rico e próspero fabricante de ferramentas. Um dia decidiu doar uma escola ao povoado. Nela, além de ler e escrever, as crianças aprenderiam algum ofício. No dia da inauguração da escola, o prefeito lhe entregou as chaves da cidade, o abraçou e lhe disse:

-É com grande orgulho e gratidão que lhe pedimos que nos conceda a honra de colocar a sua assinatura na primeira página do Livro de Atas desta nova escola.
- A honra seria minha - disse o homem. Seria a coisa que mais me daria prazer, assinar o Livro, mas eu não sei ler nem escrever, sou analfabeto.
-O Senhor?!?! - disse o prefeito sem acreditar. O Senhor construiu um império industrial sem saber ler nem escrever? Estou abismado. Eu pergunto: - O que teria sido do Senhor se soubesse ler e escrever?
- Isso eu posso responder - disse o homem com calma. Se eu soubesse ler e escrever ... ainda seria o porteiro do prostíbulo!

Geralmente as mudanças são vistas como Adversidades.
As adversidades podem ser bênçãos.
As crises estão cheias de oportunidades.
Se alguém lhe bloquear a porta, não gaste energia com o confronto, procure as janelas.

Lembre-se da sabedoria da água:
“A água nunca discute com seus obstáculos, mas os contorna.”

“Não há comparações entre o que se perde por fracassar e o que se perde por não tentar!”

Bom trabalho, e que sua vida seja cheio de vitórias, não importa se são grandes ou pequenas, o importante é comemorar cada uma delas.

terça-feira, 28 de abril de 2009

A PEDRA

O distraído nela tropeçou...
O bruto a usou como projétil...
O empreendedor, usando-a, construiu...
O camponês, cansado, dela fez assento...
Para meninos, foi brinquedo...
Drummond a poetizou...
Já, Davi, matou Golias...
Michelangelo extraiu-lhe a mais bela escultura...

Em todos esses casos, a diferença não esteve na pedra, mas no homem!

Moral da história: Não existe 'pedra' no seu caminho que você não possa aproveitá-la para o o seu próprio crescimento.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

SEM JESUS E SEM O ESPÍRITO SANTO NÃO SOMOS NADA

Espírito Santo é o amigo da nossa alma! É a fonte de toda a nossa santidade e a luz da nossa inteligência. É Aquele que nos introduz ao coração do Pai, que sonda os nossos corações e intercede por todas as nossas necessidades, para que possamos adquirir d'Ele aquilo de que mais precisamos, pois Ele é o único que realmente sabe o que é melhor para cada um de nós.

Por meio do Espírito Santo conseguimos caminhar por vias mais santas. Por Ele nossos corações são conduzidos ao alto. Por intermédio da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade os fracos são conduzidos pelas mãos, e os que buscam a virtude e os caminhos retos chegam à perfeição. O Paráclito é o doador de todos os dons de que necessitamos para a nossa santificação, por isso precisamos pedir sempre: "Vinde, Espírito Santo! Vinde, Espírito Santo!"

Enquanto conviviam com Jesus, os apóstolos estavam seguros: O Messias lhes dava força e coragem. Mas, quando Ele lhes foi tirado, o próprio Pedro, que fizera mil promessas ao Mestre, ficou muito confuso e enfraquecido, negando-O por três vezes. Sem Cristo, o discípulo [Pedro] não passava de um Simão. Pedro quer dizer “pedra” e Simão é “caniço” (Aquele caniço do mato agitado pelo vento, que facilmente se quebra. Até uma criança o quebra). Por isso, o apóstolo caiu e negou seu Mestre.

Assim aconteceu com todos os apóstolos. Mesmo Jesus tendo lhes aparecido no dia da Ressurreição continuaram medrosos... Até Pentecostes. Todos somos assim. Sem Jesus e sem o Espírito Santo não somos nada. Os homens ficam ainda mais fracos sem Eles [Jesus e o Espírito Santo]. Essa é a razão de todos os seus erros, de todas as suas quedas; de todos os descaminhos no sexo, na bebida, no jogo, nas drogas.... Você estava sem Jesus, sem o Espírito Santo. Igualzinho a Pedro e aos demais apóstolos. Sem Deus o homem fica completamente desestruturado. Quando o Criador nos projetou Os [Jesus e o Espírito Santo] previu na estrutura. Sem Eles nos falta a base dessa estrutura. Nada mais nos preenche.

"Só em Deus repousa minha alma, só d'Ele me vem a salvação" (Salmo 61, 2).


Seu irmão,

Monsenhor Jonas Abib.

domingo, 26 de abril de 2009

A VELHICE E AS PERDAS NATURAIS


O tempo passou e a velhice chegou. E agora?

A juventude é um período que favorece muitas fugas. A vitalidade do corpo, a vida agitada, os muitos compromissos, as múltiplas possibilidades, tudo faz com que esse tempo da vida seja naturalmente dinâmico. A impulsividade é a marca dessa fase.
Com o passar do tempo, essa dinâmica vai se transformando. Vamos ficando mais lentos, mais criteriosos, e o leque que antes era formado de inúmeras possibilidades vai se tornando mais estreito.
São as estações da vida e suas mudanças constantes. São os encaminhamentos naturais do tempo a nos conduzir ao lugar da pergunta - E agora? O tempo passou e a velhice chegou. E agora?
A escritora mineira Adélia Prado fala, de forma muito interessante, dos impactos da velhice na vida humana. No poema “Pedido de adoção”, a escritora identifica na personagem a saudade de ter a mãe. Esta orfandade é reconhecida no auge da velhice, momento da vida em que os limites a aprisionam fazendo-a querer os mesmos cuidados que as crianças. Veja com que beleza e simplicidade a autora faz a leitura desse sentimento.
Estou com muita saudade
de ter mãe,
pele vincada,
cabelos para trás,
os dedos cheios de nós,
tão velha,
quase podendo ser a mãe de Deus,
– não fosse tão pecadora.
Mas esta velha sou eu,
minha mãe morreu na roça,
os olhos cheios de brilho,
a cara cheia de susto.
Ó meu Deus, pensava
que só de crianças se falava:
as órfãs.
O sentimento da orfandade lhe confere a coragem de querer o retorno no tempo, de driblar a crueza de sua idade e reivindicar o direito de ter um colo onde deitar a cabeça e receber os cuidados maternos.
A personagem manifesta o desejo de voltar a se enrolar no tecido da descendência, como se quisesse suturar sua carne já envelhecida à carne jovem de sua mãe, que só existe em suas saudades, e assim rejuvenescer.
É a personagem diante do fato inevitável de que o tempo passou e que agora, velha, como um dia estivera sua mãe, reconhece em sua alma a mesma condição em que costumamos classificar as crianças órfãs.
A personagem e a velhice. Destino inevitável que os pés humanos encontrarão ao longo da existência. Não há outro jeito. É regra da vida. Envelhecer é um processo natural. O corpo, que antes possuía uma vitalidade extraordinária, aos poucos, bem aos poucos, vai se curvando aos ditames do tempo. Estamos expostos aos efeitos do chronos, o tempo que passa.
Desde o nascimento, o corpo se encaminha para o seu processo final. Nasce direcionado para o fim, uma vez que o seu percurso terá como meta a sua desmaterialização.
Durante esse percurso viverá as diversas fases da vida, extraindo de cada uma delas suas possibilidades e seus limites.
(Trecho do livro "Quando o sofrimento bater à sua porta" de padre Fábio de Melo)

sábado, 25 de abril de 2009

Bebida x Direção

"Fui à uma festa e me lembrei do que você me disse. Você me pediu que eu não tomasse álcool, mãe. Então, ao invés disso, tomei uma 'Sprite'. Senti orgulho de mim mesma, do modo como você disse que eu me sentiria, e que não deveria beber e dirigir. Ao contrário do que alguns amigos me disseram, fiz uma escolha saudável, e teu conselho foi correto. Quando a festa finalmente acabou, o pessoal começou a dirigir sem condições. Fui para o meu carro na certeza de que iria para casa em paz. Eu nunca poderia imaginar o que estava me aguardando, mãe. Algo que eu não poderia esperar. Agora estou jogada na rua, e ouvi o policial dizer: "O rapaz que causou este acidente estava bêbado." Mãe, sua voz parecia tão distante. Meu sangue está escorrido por todos os lados, e eu estou tentando com todas as minhas forças não chorar. Posso ouvir os para-médicos dizerem: 'A garota vai morrer'. Tenho certeza de que o garoto não tinha a menor idéia, enquanto ele estava a toda velocidade, afinal, ele decidiu beber e dirigir, e agora tenho que morrer. Então por que as pessoas fazem isso, mãe? Sabendo que isto vai arruinar vidas? E agora a dor está me cortando como uma centena de facas afiadas. Diga a minha irmã para não ficar assustada, mãe! Diga ao Papai que ele seja forte. E quando eu for para o céu, escreva 'Garotinha do Papai' na minha sepultura. Alguém deveria ter dito àquele garoto que é errado beber e dirigir. Talvez, se seus pais tivessem dito, eu ainda estaria com possibilidades de continuar viva. Minha respiração está ficando mais fraca, mãe, e estou realmente ficando com medo. Estes são meus momentos finais e me sinto tão despreparada! Eu gostaria que você pudesse me abraçar, mãe. Enquanto estou estirada aqui, morrendo, eu gostaria de poder dizer que te amo, mãe! Então... Te amo e adeus...!"

Que essa história sirva de lição para que possamos refletir mais sobre as consequências do álcool, principalmente da "combinação" entre a bebida e a direção.

Um grande beijo e um forte abraço,
Deus lhe guarde!

sexta-feira, 24 de abril de 2009

A MISERICÓRDIA DIVINA


Que seríamos nós sem a Misericórdia de Deus?

Não podemos parar nos nossos limites e nas dificuldades. Precisamos avançar dia após dia, com coragem, fé e determinação. É claro que sozinhos não conseguimos nada, mas apoiados na Misericórdia Divina somos capazes de caminhar a passos largos e desbravar novos horizontes, porque esta [Misericórdia Divina] nos traz a força da vida que vem de Deus e nos sustenta.

“Os meus passos eu firmei na vossa estrada, e por isso os meus pés não vacilaram. Eu vos chamo, ó meu Deus, porque me ouvis, inclinai o vosso ouvido e escutai-me” (Sl 16).


É tempo de começar tudo de novo. O que não deu certo ontem, hoje pode dar, basta que tenhamos fé em Deus e confiemos na bondade d’Ele.
Derrama sobre nós a Sua Misericórdia, Senhor, e nos impulsione para os Seus caminhos.

Jesus, eu confio em Vós!

(Luzia Santiago).

quinta-feira, 23 de abril de 2009

SÓ O SENHOR PODE MUDAR NOSSAS VIDAS

Às vezes pensamos que as pessoas precisam deixar de fazer coisas más para só depois se aproximarem de Deus, mas o que ocorre é o contrário: primeiro é preciso encontrar-se com Deus para então abandonar o pecado. Foi o que aconteceu com Paulo. Ele perseguia os cristãos e os odiava. Então Jesus apareceu diante dele no caminho de Damasco; depois disso, o ódio desapareceu e de perseguidor passou a ser o grande pregador de Cristo, indo às sinagogas – e a muitos outros lugares – para falar do Senhor e desafiar os doutores da lei.

Seja você quem for, seja qual for o seu problema, se Jesus entrar em sua vida, ela será totalmente transformada. Por isso, deixe-O entrar em seu coração, assim como fez com Paulo.

Reze comigo:

"Jesus, entre, tome conta da minha vida e a mude. Eu me entrego, retiro as minhas resistências; eu não vou resistir mais. Eis-me de volta, Senhor: sujo, esfarrapado. Obrigado, Jesus, porque me recebe como o pai recebeu o filho pródigo: com alegria, com abraço, com festa. O Seu filho voltou. Eu estava morto e o Senhor me ressuscitou. Muito obrigado"

Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib.

terça-feira, 21 de abril de 2009

TESTEMUNHO

> Paróquia Santa Maria dos Pobres – Paranoá – DF. Info - Digital. Ano II - JUNHO / 2008 <

> Para refletir: A experiência de um sacerdote frente a mentira do aborto.

Caríssimos irmãos, há mais ou menos quatro meses fui procurado por um casal jovem que estava vivendo uma situação muito difícil. Eles tinham recebido a notícia de que ela estava gestando uma criança anencéfala. Diante de tal situação, sentia-me impotente, mas com a convicção de que o Senhor tinha colocado esse casal à minha frente para que eu pudesse ajudá-lo. Confesso que para mim não foi fácil, pois acredito que, no mundo em que nós vivemos, situações como essas são tratadas com muita frieza ou de forma muito simplista. Com efeito, esse caso não fugiu à regra. O médico tinha feito o diagnóstico e já tinha aconselhado o aborto, porque 'o objeto que estava dentro dela não era um pessoa, pois não tinha cérebro e não viveria muito tempo'. A realidade era complexa porque eu me perguntava: 'O homem é só cérebro? Como um médico pode estar com a consciência tranqüila aconselhando tal monstruosidade?' Sentia que o casal tinha tomado a decisão de fazer o aborto porque estavam impressionados com a explicação e com as fotos mal tiradas que o médico lhes apresentou. Sentia-me impotente, mas com a certeza de que o homem é muito mais que cérebro, pernas, braços... O homem tem uma realidade que lhe transcende, que não morre, que é espiritual! Depois de três horas de conversa e ajudados também por uma médica católica, o casal convenceu-se de que a gravidez deveria ir até o final para experimentar o poder da vida. Uma das coisas que me impressionaram neste tempo foi ver o semblante da mãe: em todos os momentos transmitia felicidade, paz... E, em alguns momentos, o combate e o medo de como tudo aconteceria, mas sempre ajudados pelo sacramento da eucaristia e o acompanhamento da médica. Chegou o dia do nascimento de um grande menino. Cheguei cedo ao hospital, pois tinha prometido aos pais batizar a criança assim que viesse ao mundo, porque já sabíamos que o Senhor nos concederia a criança por alguns minutos. Estava um pouco apreensivo, pois nunca tinha vivido uma experiência tão forte assim. Minha surpresa foi novamente encontrar com a mãe da criança antes do parto e notar que ela acariciava sua barriga, transmitindo naquele momento amor pelo seu filho. Lembro-me de ter falado para os pais, nesses quatro meses, que deveriam aproveitar o tempo que o Senhor tinha concedido a eles de estarem com a criança, pois para nós, cristãos, somos chamados a viver cada minuto da nossa vida com intensidade porque a nossa existência aqui é muito breve; fomos criados por Deus para estarmos com Ele. No momento do parto, ao estar novamente com a mãe da criança, encontrei uma mulher muito jovem (mais ou menos 19 anos), de rosto sereno e semblante que transmitia paz. Neste momento, enchi-me de alegria, pois percebi a presença do Senhor que estava com ela, dando-lhe forças para que testemunhasse que nós acreditamos num Deus de vivos e não de mortos, e que, para Ele, cada pessoa (seja como seja) é importante e tem um valor grandíssimo. Quando nasceu o menino, não podia acreditar no que eu estava vendo! Não tinha nada a ver com o que o médico tinha falado para os pais. O bebê tinha o corpinho perfeito, respirava, movimentava os braços, as pernas... pude administrar o sacramento do Batismo e sentir amor por aquela criança que estava com os olhos abertos. No momento em que derramei água na sua cabeça para o Batismo, caíram algumas gotas no seu olho e ele sentiu-se incomodado. Estive todo o tempo de vida com o recém-nascido! O Senhor concedeu-lhe a graça de nascer e de ser amado pelos seus pais e de ser testemunha de Cristo, servo sofredor, que aceitou a vontade de seu Pai naquele hospital. Para as enfermeiras, para os médicos, para os seus pais e, principalmente, para mim, que via naquele neófito a imagem de Cristo! Foram 36 minutos de vida, durante os quais pude falar, rezar e até mesmo pedir a intercessão no céu por mim, pelos seus pais e pela nossa Paróquia. E assim o Senhor lhe chamou: 'Vinde, benditos de meu Pai' (Mt 25, 34). Cumpriu-se a promessa de Cristo: 'Pai, aqueles que me deste quero que onde eu estou também eles estejam comigo para que contemplem minha glória.' (Jo 17,24). Nunca mais esquecerei este momento tão precioso para mim, à minha vida e ao amadurecimento da minha fé. Gostaria que, neste momento, estivessem tantos que são a favor do aborto e que me tentassem explicar como é possível defender tal atitude diante de uma pessoa indefesa, seguindo a lógica de que só os perfeitos podem viver. Acredito que tais pessoas nunca experimentaram o amor. A pessoa não é só perna, só braço, só cérebro... Senhores médicos, senhores políticos e todos aqueles que tem a autoridade de fazer leis, pensem naquilo que vocês estão tentando legalizar, pois aquilo que vocês falam não condiz com a experiência que eu vivi. Não nasceu nenhum monstro, mas um filho de Deus que foi amado por Ele, pelos seus pais e por mim.

1 de setembro de 2006 - Pe. Alessander Carregari Capalbo - Pároco

segunda-feira, 20 de abril de 2009

A INCRÍVEL HISTÓRIA DE LINA MEDINA

http://www2.correioweb.com.br/cw/EDICAO_20020911/vid_mat_110902_36.htm

A menina peruana que entrou para a história da Medicina por ter sido mãe aos 5 anos há mais de seis décadas vive hoje na miséria, sem assistência do governo.

Da Reuters

Os pais de Lina Medina pensavam que sua filha de 5 anos tinha um enorme tumor no abdômen. Quando nem os feiticeiros de sua remota vila nos Andes peruanos conseguiram encontrar a cura, o pai de Lina decidiu levá-la para o hospital. Um mês depois, ela deu à luz um menino. Tinha apenas cinco anos, sete meses e 21 dias de idade quando foi submetida à cesariana em maio de 1939. A menina entrou para a história da medicina e ainda é considerada a mãe mais nova do mundo.

Naquela época, o governo peruano prometeu à família uma ajuda que nunca chegou. Seis décadas depois, Lina vive com o marido numa casa apertada em um distrito pobre e com alta taxa de criminalidade da capital peruana, conhecido como ‘‘Pequena Chicago’’. Agora com 68 anos, Lina cuida de si mesma e sempre rejeita pedidos para relembrar o passado. Gerardo, o filho que ela teve quando ainda era uma criança, morreu em 1979 aos 40 anos.

Mas um novo livro, escrito por um obstetra que se interessou pelo caso, chamou a atenção para a história de Lina novamente e para o fato de que provavelmente será tarde demais quando o governo peruano oferecer ajuda financeira e outras assistências a ela. ‘‘O governo os condenou a viver na pobreza. Em qualquer outro país eles seriam objeto de cuidados especiais’’, disse José Sandoval, autor de Mãe aos Cinco Anos. ‘‘Ainda temos tempo para reparar os danos causados a ela. Esse é meu objetivo fundamental.’’

Sandoval levou o caso de Lina ao gabinete da primeira-dama, Eliane Karp, e pediu ao governo que dê a ela uma pensão vitalícia — algo que algumas autoridades dizem ser possível. ‘‘Estamos querendo muito ajudá-la’’, disse a porta-voz Marta Castañeda. Mas Suni Ramos, do departamento de ação social do gabinete de Karp, explicou que o governo precisa discutir com Lina quais suas necessidades antes de presenteá-la com uma pensão ou outro tipo de ajuda que está sendo estudada — como uma cozinha ou utensílios domésticos. Os funcionários ainda estão tentando entrar em contato com ela e a família.

Sem esperanças.
O marido de Lina, Raul Jurado, disse que sua mulher perdeu as esperanças. ‘‘Que eu saiba, ela não recebeu ajuda nenhuma (em 1939)’’, afirmou Jurado. ‘‘Ela acredita que os governos nunca dão nada. Talvez hoje seja feita uma promessa que nunca se tornará realidade’’. Jurado disse que Lina — cuja história é contada num livro clássico da Medicina e foi comprovada pelas associações norte-americanas de obstetras e ginecologistas — não quis dar entrevista.

Ninguém nunca descobriu quem é o pai de Gerardo ou confirmou que Lina ficou grávida após ser estuprada. Uma de nove irmãos nascidos na vila indígena e andina de Ticrapo, na província mais pobre do Peru, a uma altitude de 2.250 metros, Lina é considerada o caso mais jovem de puberdade precoce da história, segundo Sandoval. Ele disse que Lina teve a primeira menstruação aos 2 anos e meio e ficou grávida aos 4 anos e oito meses. Quando foi submetida à cesariana, os médicos constataram que ela já tinha os órgãos sexuais totalmente desenvolvidos.

Sua barriga crescente preocupou os pais. ‘‘Eles pensavam que fosse um tumor’’, contou Sandoval. Mas os xamãs descartaram superstições da vila — incluindo uma segundo a qual uma cobra cresce dentro da pessoa até matá-la — e recomendaram que ela fosse levada a um hospital da cidade grande mais próxima, Pisco. Ali ficaram sabendo que Lina estava grávida.

O pai foi preso temporariamente por suspeita de incesto — acabou libertado por falta de provas — e doutores, policiais e até uma equipe de filmagem chegaram à vila para investigar o caso. Sandoval baseou seu livro na imprensa, em outras informações publicadas e entrevistas com parentes de Lina, que se recusa a falar sobre o assunto. Ele disse que as notícias sobre a mãe precoce renderam manifestações imediatas de ajuda, incluindo uma oferta recusada de US$ 5 mil, feita por um empresário norte-americano.

Mais ofertas se seguiram depois que Lina foi transferida para um hospital em Lima, onde o bebê saudável, de 2,7 quilos, nasceu em 14 de maio de 1939, dia das mães. Uma delas era de US$ 1 mil por semana, mais despesas, para que Lina e o filho fossem exibidos na Feira Mundial em Nova York. Em junho do mesmo ano a família aceitou uma outra oferta, de um empresário norte-americano, para que mãe e bebê viajassem aos Estados Unidos, onde cientistas estudariam o caso. A proposta incluía a criação de um fundo para garantir o conforto financeiro dos dois durante toda a vida.

Mas em poucos dias o Estado proibiu todas as ofertas anteriores, decretando que Lina e o filho estavam em ‘‘perigo moral’’, e decidiu criar uma comissão especial para protegê-la. ‘‘Abandonaram o caso depois de seis meses. Não fizeram absolutamente nada por eles’’, disse Sandoval.

Final feliz?
Apesar de psicologicamente amadurecida, Lina — que segundo Sandoval é mentalmente normal e não demonstra qualquer sintoma médico fora do comum — ainda agia como uma criança, preferindo brincar com suas bonecas do que dar atenção para o bebê, que era alimentado por uma enfermeira. Lina ficou no hospital por 11 meses e finalmente voltou para a família após o início de procedimentos legais que levaram a Corte Suprema a permitir sua convivência com os pais.

Depois de ser ridicularizado pelos colegas de escola, Gerardo — cujo nome foi uma homenagem a um dos médicos que atenderam Lina — descobriu aos 10 anos que aquela garota que ele acreditava ser sua irmã era na verdade sua mãe. Ele morreu em 1979 de uma doença que atacou a medula dos ossos, mas, segundo Sandoval, não há certeza de vínculo entre a enfermidade e o fato de sua mãe ter engravidado tão precocemente.

Lina casou-se e em 1972 teve outro filho, 33 anos depois do primeiro, que agora vive no México. Ela parece ter transformado sua história bizarra em objeto de tabu. ‘‘Só queremos continuar nossas vidas, só isso’’, diz Jurado, acrescentando que não sente ‘‘absolutamente nada’’ pelo fato de sua mulher ser a mãe mais nova do mundo. Ele contou que a maior preocupação do casal, se a oferta de ajuda do governo for mesmo genuína, é receber o valor de uma propriedade que pertencia a Lina, mas acabou expropriada pelo Estado há mais de duas décadas. Essa casa foi destruída e em seu lugar existe hoje uma estrada.

Jurado disse que o valor do imóvel era de ‘‘mais ou menos US$ 25 mil’’, e a solução desse problema encerraria uma longa batalha judicial para conseguirem de novo uma casa própria. Os dois vivem numa residência modesta, no caminho de um beco escuro parcialmente interditado por placas de madeira, numa vizinhança barra-pesada conhecida pelos moradores locais como ‘‘paraíso dos ladrões’’.

‘‘Se o governo realmente quer ajudar, deveria nos dar o valor de nossa propriedade’’, afirmou Jurado. Quanto a Sandoval, ele está otimista de que a história de Lina, que ele vem acompanhando desde os tempos de estudante, termine bem: ‘‘Eu acredito que haverá um final feliz’’.

PS.: Ainda estão procurando mais sobre o caso.

PS 2.: A princípio ela não tinha estrutura para ter filho, mas, mesmo assim, não foi motivo de "desculpa" para matar um bebê inocente - ABORTO É CRIME! - E se você fosse o bebê? Pense nisso. VIVA A VIDA E DEIXE ELA VIVER!

domingo, 19 de abril de 2009

O PAPA ESTÁ CERTO

UM DOS MAIORES ESPECIALISTAS DO MUNDO NO COMBATE À AIDS DIZ:

“O PAPA ESTÁ CERTO”.

MAS ESSA NOTÍCIA FOI DEVIDAMENTE SONEGADA DOS LEITORES.

Há coisas que você jamais vai ler na imprensa brasileira porque, dada asua “isenção” de propaganda, às vezes letal para a inteligência e averdade, pouco importa a consideração de uma autoridade científica oureligiosa se o que elas dizem não coincide com a metafísicapoliticamente correta. Aceita-se a chamada pluralidade, mas semexageros, é claro. Querem ver?

Vocês se lembram que, em Camarões - e, de fato, foi uma mensagem para o continente africano -, o Papa Bento 16 afirmou que a distribuição maciça de camisinhas não era o melhor programa de combate à AIDS? E disse que o problema poderia até se agravar? A estupidez militante logo entendeu, ou fingiu entender, que Sua Santidade contestara a eficiência do preservativo para barrar a transmissão do vírus. Bento 16 não tratava desse assunto, mas de coisa mais ampla. Referia-se a políticas públicas de combate à expansão da doença. Apanhou de todo lado. De todo mundo. No Brasil, noticiou-se a coisa com ares de escândalo. Os valentes nem mesmo investigaram os números no Brasil — a contaminação continua alta e EM ALTA em algunsgrupos — e no mundo. Adiante.

Se você pesquisar um pouco, vai saber que o médico e antropólogo Edward Green é uma das maiores autoridades mundiais no estudo das formas de combate à expansão da AIDS. Ele é diretor do Projeto de Investigação e Prevenção da AIDS (APRP, na sigla em inglês), do Centro de Estudos sobre População e Desenvolvimento de Harvard. Pois bem. Green concedeu uma entrevista sobre o tema. E o que ele disse? "O PAPA ESTÁ CERTO. AS EVIDÊNCIAS EMPÍRICAS CONFIRMAM O QUE DIZ SUA SANTIDADE." Ora, como pode o Papa estar certo? Vamos sonegar essa informação dos leitores.

Em entrevista aos sites National Review Online (NRO) e Ilsuodiario.net, Green afirma que as evidências que existem apontam que a distribuiçãoem massa de camisinha não é eficiente para reduzir a contaminação na África. Na verdade, ao NRO, ele afirmou que não havia uma relação consistente entre tal política e a diminuição da contaminação. Ao Ilsuodiário, assumiu claramente a posição do Papa - e, notem bem, ele fala como cientista, como estudioso, não como religioso: “O que nós vemos de fato é uma associação entre o crescimento do uso da camisinha e um aumento da AIDS. Não sabemos todas as razões. Em parte, isso pode acontecer por causa do que chamamos ‘risco compensação” — literalmente, nas palavras dele ao NRO: “Quando alguém usa uma tecnologia de redução de risco, freqüentemente perde o benefício (dessa redução) correndo mais riscos do que aquele que não a usa”.

Pois é… Green também afirma que o chamado programa ABC — Abstinência, Fidelidade e, sim, Camisinha (se necessário), que está em curso em Uganda — tem-se mostrado eficiente para diminuir a contaminação. E diz que o grande fator para a queda é a redução de parceiros sexuais. Que coisa, não?

NÃO É MESMO INCRÍVEL QUE SEXO MAIS RESPONSÁVEL CONTRIBUA PARA DIMINUIR OS CASOS DE CONTAMINAÇÃO? Pois é... Critico as campanhas de combate à AIDS no Brasil desde o Primeira Leitura, como sabem. E, aqui, desde o primeiro dia. Há textos às pencas no arquivo. A petralhada que se pensa cheia de veneno e picardia erótica gritava: “Você quer impor seu padrão religioso ao país...” Ou então: “Você não gosta de sexo...” Pois é. Vai ver Harvard escolheu um idiota católico e sexofóbico para dirigir o programa...

Bento 16 apanhou que deu gosto. E apanhou pelo que não disse — e ele jamais disse que a camisinha facilita a contaminação de um indivíduo emparticular — e pelo que disse: a AIDS é, sim, uma doença associada ao comportamento de risco e, pois, às escolhas individuais. Sem que se mude esse compartamento, nada feito.

Pois é... O mundo moderno não aceita que as pessoas possam ter escolhas. Como já escrevi aqui certa feita, transformaram a camisinha numa nova ética. E, como tal, ela é de uma escandalosa ineficiência.

Por Reinaldo Azevedo

fonte: http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/2009/03/um-dos-maiores-especialistas-do-mundo.html

sábado, 18 de abril de 2009

Aborto é mesmo a única e a melhor solução?

Médica Ginecologista Obstetra dá seu parecer sobre aborto ocorrido em Recife:

“Meus amigos,Todo o fato é terrível - não é isso que se está discutindo - porém acho importante fazermos algumas reflexões, pois o aborto não era a única nem a melhor solução:

a) Devem ter usado Cytotec (?) - que tem protocolo muito claro para tratamento de úlceras gástricas - não há experiência suficiente de seu uso em meninas de 9 anos grávidas (mesmo que tenham usado outra droga - sempre se está atirando meio no escuro, pois é de se convir que é raro uma gravidez gemelar aos 9 anos) - portanto houve risco na indução do aborto;

b) A menina não corria risco de vida agora - não havia esta pressa nem indicação de intervenção no momento para salvar a sua vida;

c) De onde vem a estatística que ela corria o risco de 90% de morte ou de qualquer outra %? Estatística deve ser registrada em trabalho médico de pesquisa e com amostragem significativa para ter valor;

d) Haveria possibilidade que tivesse parto prematuro ou até aborto (espontâneo) - mas, quando espontâneo, o processo é mais simples e de menor risco;

e) Se levasse a gravidez pelo menos até 22 semanas, teríamos 15 a 20% de chance de sobrevivência para os gêmeos (mesmo que fosse 10% de chance - estaríamos tentando salvar as crianças sem aumento de risco para a mãezinha);

f) psicologicamente, esta menina foi usada como um trapo pelo homem, destruída como pessoa, percebendo-se marcada inconscientemente como algo sem valor - e por 3 longos anos. Ao experimentar a destruição dos filhos como lixo, o inconsciente registra - "viu, sou lixo e de mim só pode sair lixo". Sabe-se lá como se fará para recuperar todo esse novelo em sua cabecinha. Por outro lado, imagine-se: ela sentindo-se rodeada por atenção, amor, cuidado e experimentado a valorização das crianças que trazia dentro de si - mesmo que a análise racional não fosse predominante - poderia estar começando aí o seu resgate como pessoa integral;

g) sei de meninas que deram a luz com 10 anos e continuam muito bem após anos e anos;

h) Não sei de ninguém que morreu por causa da idade precoce com que engravidou, se recebeu acompanhamento adequado. Vou pesquisar mais e comunico a vocês se houver algum trabalho nesse sentido".

Dra. Elizabeth Kipman CerqueiraMédica ginecologista-Obstétrica; integrante da Comissão de Ética e Coordenadora do Depto. de Bioética do Hospital São Francisco, em Jacareí, São Paulo, Diretora do Centro Interdisciplinar de Bioética da Associação “Casa Fonte da Vida” ; especialista em Logoterapia e Logoteoria aplicada à Educação.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

FACTÓIDES

Por: DOM ALOÍSIO ROQUE OPPERMANN SCJ ARCEBISPO DE UBERABA, MG

Com toda a consideração ainda possível, quero comentar algumas iniciativas, oriundas do velho continente, assestando recursos publicitários contra o nosso Papa Bento XVI. Não quero aqui assumir uma posição de inocente perseguido, enriquecendo com fantasias a conversa de vítima (sinto-me atingido). Ao contrário, quero mostrar, com um realismo de pessoa consciente, fatos preocupantes que procuram revestir seus intentos vergonhosos com o manto das trevas. Eis alguns acontecimentos, sutilmente destinados a solapar a autoridade do Pontífice.




1 – O levantamento da excomunhão, outrora proferida contra o Bispo lefebriano, Williamson. Que gesto mais lindo do Papa! Com esse ato quis aplainar o caminho de retorno desse sucessor dos Apóstolos, desencaminhado. O Papa não sabia de suas infelizes declarações sobre a shoá, diante de um insignificante público. O mundo veio abaixo. Verificou-se que estava em marcha uma articulação mundial. Houve um alarido planetário contra o Papa. Tudo foi classificado como má fé, incompetência, e campanha contra os judeus. Até a chanceler Merkel, agnóstica de carteirinha, proferiu seu veredito contra o Pontífice. Faltou só o governo brasileiro, numa intuição republicana, sentenciar quem estava errado.



2 – Viagem do Papa ao continente africano. Naquela ocasião sua Santidade proferiu centenas de grandes ensinamentos. Apenas 1% foi dedicado ao uso dos preservativos, com fins de combate ao vírus do HIV. O grande cientista dessa área, Edward Green, afirmou que o Papa estava certo nas suas afirmações. Pois a Uganda e também a Nigéria desenvolveram programas dentro das recomendações dos métodos naturais. Reagindo, no último limite do artificialismo, os países europeus desencadearam um escândalo que mais parecia briga contra o árbitro, em futebol de bairro. A mídia bilionária tornou-se ridícula.



3 – Campanha de assinaturas. Pergunta-se, pela internet: “Você acha que o Papa deve renunciar?” A força que se faz é monumental. Querem fazer uma pressão, que torne a vida do Santo Padre irrespirável. Essa campanha tem tanto valor como perguntar aos cidadãos do mundo: “Você quer que o presidente da China renuncie”? Falta a mínima autoridade para aqueles que tiveram essa infeliz iniciativa.



“As forças do inferno não prevalecerão contra a Igreja” (Mt 16, 18).