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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

POLÊMICA VERDE (MARINA SILVA)

Aldo confessa ter ajudado a acobertar investigado


Relator do Código Florestal diz que, como líder do governo, impediu investigação sobre marido de Marina

Fábio Fabrini
BRASÍLIA. No calor das discussões sobre mudanças no Código Florestal, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) admitiu em plenário que ajudou a proteger Fábio Vaz, marido da ex-senadora Marina Silva, embora houvesse a suspeita de que ele tivesse sido favorecido numa doação ilegal de madeira feita pelo Ibama. Ao atacar Marina, o próprio Aldo chamou Fábio Vaz de contrabandista, na madrugada de ontem. Em seguida, confessou que participou do acerto para livrar Vaz de se explicar na Câmara, em 2004. Na época, Aldo era líder do governo Lula, e a ex-senadora, ministra do Meio Ambiente.
- Repudio mais uma vez a leviandade da ex-senadora Marina Silva. Quem fraudou contrabando de madeira (sic) foi o marido de Marina Silva, defendido por mim nesta Casa. Foi dado na imprensa na época. Quando era líder de governo, evitei o depoimento do marido de dona Marina - disse Aldo, agora em lado oposto ao de Marina.
Em 2004, o Ibama doou seis mil toras de mogno apreendidas em ações contra o desmatamento à ONG Fase. O material estava avaliado em R$7,5 milhões. Conforme a representação, enviada também ao Tribunal de Contas da União, a ONG era filiada ao Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), do qual Fábio Vaz foi secretário-executivo.
Os deputados queriam que o marido da ex-senadora fosse chamado a se explicar na Câmara, mas houve acordo, afiançado por Aldo e pela bancada governista, para impedir o depoimento. Em relatório de 2004, o TCU não cita Vaz, mas conclui que a operação do Ibama feriu princípios da isonomia e da legalidade, pois não houve licitação para escolha da entidade e da empresa que beneficiaria o mogno.
O marido de Marina ainda está entre os réus de uma ação por improbidade na Justiça do Maranhão. Os verdes acordaram ontem em clima de revanche. Marina disse que as acusações são uma tentativa de intimidá-la na discussão do Código:
- Não tenho qualquer receio. As pessoas que me conhecem, conhecem o meu marido sabem que essas acusações são falsas, são levianas.
Marina reclamou que Aldo tenta criar "uma cortina de fumaça" para escapar "do debate que interessa, que são os retrocessos promovidos na legislação ambiental brasileira". Ontem, Aldo fez um mea-culpa:
- Não fui muito justo com ela, dizendo que foi ela que colocou no Twitter (que ele fraudou o texto final do Código Florestal). Não tinha sido ela.
No Twitter, Marina tinha, sim, queixado-se da existência de inúmeras "pegadinhas" no projeto. Deputados do PV pediram ontem o afastamento de Aldo da relatoria por desequilíbrio. Marina afirmou que seu marido não tinha qualquer ligação com a ONG Fase em 2004. As doações de madeira, explicou, foram uma saída para evitar que desmatadores recuperassem o material apreendido em leilões do Ibama.
A ex-senadora rebateu também questionamentos sobre a participação de Vaz em suposto superfaturamento de projetos florestais ligados ao Ibama.

Órgãos relacionados:

  • Congresso Nacional


FONTE: http://www.senado.gov.br/noticias/senadoNaMidia/noticia.asp?n=554453&t=1

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